terça-feira, 13 de janeiro de 2015

TERRA









Abençoada que faz nascer,
Tens título de mãe
E do teu pó tudo provém!

És palco da vida e do ser,
Tens força, fogo e vigor,
És boa e egoísta também!

Materna desvairada que tudo dá:
Alimento, vida, calor e chão.
Vens do filho depois tirar
A esperança, o sorriso... Que desilusão!

No puro instinto da antropofagia
Preparas a carne com o melhor alimento,
Não deixas a preza sequer um dia,
Quando enterras o homem lambe-se com vento!



                                       Roberto Dourado

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